História da Acupuntura

História da Acupuntura

A Acupuntura foi desenvolvida pelo povo chinês há cerca de 4 mil anos. Logicamente, as agulhas utilizadas não eram como as de hoje. Naquela época, eles utilizavam pedras pontiagudas, com o propósito de cortar os abcessos e de realizar a drenagem de exsudatos (pus). Sabe-se disso graças a descobertas na cidade de Duolun, na Mongólia, em que foi encontrada uma agulha de pedra de 4,5 centímetros;  posteriormente, na cidade chinesa de Shandong, foram descobertas mais duas agulhas de pedra de 8,3 centímetros e 9,1 centímetros, que eram utilizadas para a realização de sangrias e regulação da circulação do Qi.

Durante a dinastia Shang, hieróglifos de Acupuntura e Moxibustão foram inscritos em ossos e cascos de tartaruga. Nesse período, devido ao desenvolvimento das técnicas de fundição de lança de bronze, surgiram as agulhas de bronze. Foi também durante esse momento que constituiu-se o pensamento filosófico de Yin e Yang e dos Cinco Elementos, além do conhecimento do Qi e do Shen.

Escrito há mais de 4 mil anos e considerado um dos principais clássicos da Medicina Tradicional Chinesa, o livro conhecido no Brasil como Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo é atribuído ao antigo imperador Huangdi e aprofunda os conhecimentos teóricos de seus antecessores, além de investigar a prevenção e tratamento de doenças e a relação entre o corpo humano e o meio ambiente.

Durante as Dinastias Sui (581-618) e Tang (618-907), a China atravessou um período de grande prosperidade econômica e cultura da sociedade feudal. Zhen Quan, um médico famoso da época e seu contemporâneo Sun Simiao tiveram grande domínio do conhecimento da Medicina Tradicional Chinesa e fizeram estudo aprofundado de Acupuntura e Moxibustão onde foram ilustrados os 12 canais de energia  regulares e os oito canais de energia extraordinários em um total de 650 pontos de Acupuntura.

Nas Dinastias Liao (916 – 1125), Song (960 – 1279),  Jin (1115 – 1234) e Yuan ( 1206 – 1368) houve uma extensa publicação de literatura médica a respeito de Acupuntura, o que fez com que  houvesse uma disseminação e o desenvolvimento bastante amplo da Medicina Chinesa. Na Dinastia Ming (1368 – 1644), as técnicas foram trabalhados no seu auge, sendo que muitas patologia foram estudadas de maneira aprofundada.

Ilustração do século 17

Porém, do estabelecimento da Dinastia Qing até a Guerra do Ópio (1644 – 1840), os médicos da época consideravam que a medicina herbária era superior à Acupuntura: em 1822, as autoridades declararam uma ordem para abolir permanentemente a Acupuntura e Moxibustão do departamento da Faculdade de Medicina Imperial. Esse foi um período de regressão cultural, econômica e política, estimulado pelo neocolonialismo europeu que se abateu sobre os territórios asiáticos e africanos entre o século 19 e o início do século 20.

Mesmo durante esse período, muitos acupunturistas fizeram enormes esforços para proteger  e desenvolver a prática da Acupuntura, fundando associações e publicando livros e periódicos, promovendo cursos para ensinar a arte da Acupuntura.

Finalmente, a Acupuntura e a Moxibustão retomaram seu protagonismo graças à retomada da soberania chinesa e a vitória da Revolução de 1949. A partir daí, muitos médicos treinados em medicina ocidental também aprenderam técnicas da Medicina Tradicional Chinesa para a realização de seus tratamentos dentro e fora da China.

Desde então, pesquisadores e acupunturistas vêm se aprimorando no desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa por meio de seus institutos de pesquisa. Com isso, cada vez mais pessoas de todo o mundo têm a oportunidade de conhecer essas técnicas e aproveitar os benefícios da prática para a promoção da saúde, equilíbrio e bem estar.

Fonte: Cheng Xinnomng – Acupuntura e Moxibustão Chinesa. São Paulo:Roca, 1999.

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